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A chegada da PlayStation No Brasil : fatos e curiosidades

Sabia que a PlayStation só chegou no Brasil oficialmente em 2009? E além disso, lançando o PS2, PS3 e o PSP simultaneamente? Que demora!

Fábio Celestino

Fábio Celestino

A chegada da PlayStation No Brasil : fatos e curiosidades

A PlayStation foi a marca vencedora no mundo do mercado mundial, e de certa forma, também foi no Brasil. Porém a Sony nunca recebeu uma grande parcela do dinheiro gerado por esse console no país. 

Oficialmente, o PlayStation original nunca nem foi lançado no país, e o PlayStation 2 chegou apenas em 2009, 8 anos depois do seu lançamento no Japão, junto com o PlayStation 3 da geração mais nova e o portátil PSP.

Segundo o próprio presidente da subsidiária da Sony no Brasil em 2004, não era possível trazer o console legalmente para o país devido a pirataria, segundo o artigo da Info Online. Isso tudo ocorreu por um problema grave na tática na entrada do console no mercado brasileiro: A Sony não deu atenção com um lançamento no país juntamente com os grandes focos - Japão, Europa e Estados Unidos- e isso gerou um fluxo de importação do console para o país

Todos esses fatores, em conjunto com o abandono do país desde o PlayStation original que sofreu o mesmo caso, levou a uma forma alternativa de conseguir os jogos: Modificações nos consoles e jogos pirateados.

 O Mercado Brasileiro nos anos 2000: Tectoy e Gradiante

Dreamcast a esquerda com imagem durante o jogo de Sonic Adventure a direita;  imagem do joog Super Smash Bros Melee a esquerda, e Nintendo Gamecube a direita

O Dreamcast lançava pela Tectoy, enquanto o Game Cube chegou pela Playtronic. Ambos oficiais no Brasil, enquanto o PS2 não estava

Até meados dos anos 2000 grande parte dos videogames que eram vendidos oficialmente no Brasil eram de duas empresas: Tectoy, trazendo consoles da Sega;  e a Playtronic, joint-venture da Gradiente com a Estrela, trazendo consoles e jogos da Nintendo para o país.

Inclusive, segundo ao artigo da Start Uol, O PS1 foi oferecido para ser comercializado pela Tectoy, que rejeitou devido a sua parceria com a Sega “Éramos fiéis à Sega até debaixo d’água e recusamos a parceria” disse Stefano Arnhold, ex-presidente da Tectoy.

Com a recusa da Tectoy, a Sony decidiu por não lançar o PlayStation no Brasil. Em conjunto com o abandono do país pela marca, e a facilidade de piratear, reproduzir e modificar os videogames no país se tornava a principal forma de jogar PS1.

A pirataria do PlayStation não era só no Brasil: originalmente surgiu em 1996 em Hong Kong, segundo o site de Scott Rider, o responsável pela engenharia reversa desse primeiro chip de modificação em 1997. 

Através dele , o simples microprocessador era colocado na placa mãe do console e servia para pular a proteção que a Sony aplicava em seus PlayStation: A leitura de uma faixa de informação nos discos originais que contêm uma confirmação para o console de que se trata de um jogo original.

Porém, o que acontecia, é que através de uma simples troca de discos, devido a forma que essa leitura era feita, era possível jogar qualquer jogo pirateado ou de outras regiões. Além disso, com os chips de modificação, que impediam o console de confirmar se o jogo era ou não pirata, não era necessário fazer esse passo. Apesar da Sony ter tentado diversas revisões do console, nenhuma foi capaz de conter os chips, e mesmo a versão mais nova, o PSone, acabou por ser modificada.

Com tudo isso, era extremamente fácil piratear os jogos, devido a leitura de CD-ROM comum e com o fato da PlayStation nunca ter entrado no Brasil legalmente, a forma tradicional de jogar era através dos piratas. O preço do comércio era extremamente baixo em comparação com jogos originais também.

Em seguida, O PS2 teve o exato mesmo destino do primeiro - modchips que permitiam rodar qualquer jogo nos consoles. Outro fato era que apesar de usar DVD, estes também eram baratos de se conseguir e fazer cópias dos jogos. 

O cenário para a Sony só foi melhorar, depois de muitos anos, com o lançamento do PS3 e uma dificuldade considerável de modificação nesse novo console,oficialmente lançando no Brasil.

2009: O ano da Playstation no Brasil

Lançamento do PS2 no Japão à esquerda, anúncio do PS3 no Brasil ao centro, e imagem do evento de lançamento do PSP  no Japão a direita

Imagens do lançamento official do PS2 e PSP no Japão, à esquerda e direita, e ao centro o lançamento oficial do PS3 no Brasil

Segundo o artigo do Extra, O PS2 foi lançado oficialmente no final de 2009, e pelo artigo do g1, quase um ano depois, o PS3 é finalmente lançado no país, 4 anos após seu lançamento oficial no Japão. Somente em 2011, segundo techtudo foi quando lançou o PSP, a versão portátil original de 2004.

A PlayStation foi capaz de retomar o mercado brasileiro, que ainda dominado por pirataria, migrava dessa vez para o Xbox 360, que em comparação com o PS3 era fácil de se encontrar modificado para ler jogos piratas, como explica outro artigo da Start Uol.

Porém, diversos outros métodos de desbloqueio foram surgindo para o PS3, e eventualmente se tornou possível hackear e modificar praticamente todas as versões do sistema.

A Sony, entendendo que com o lançamento do console no Brasil, e a possibilidade de finalmente receber algum retorno, continuou com presença no mercado oficialmente até os dias de hoje, contando com suporte a PlayStation Network (PSN) e lançamento de todas as versões do PlayStation 4 e 5, acompanhando o mercado internacional.

Todos os consoles ainda sofrem com vulnerabilidades e são possíveis de serem modificados para jogar jogos não oficiais, porém não mais de forma tão disseminada. Isso vem muito do fato da mudança da cultura do público do videogame, que passou a comprar ao invés de piratear. 

Atualmente, a PSN oferece jogos gratuitos para quem se inscreve, e possui diversas promoções que vendem jogos por preços bem acessíveis, e isso permitiu uma participação bem maior do público no cenário oficial.

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