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Jogos Mobile da Nintendo: Os sucessos e os fracassos

Conheça mais sobre os jogos mobile da Nintendo! Saiba quais foram bons sucessos e quais não deram tão certo assim! Tudo isso aqui no Compare Games!

Redação Compare Games

Redação Compare Games

Jogos Mobile da Nintendo: Os sucessos e os fracassos

A Nintendo é uma gigante dos videogames, conhecida por franquias de grande sucesso como Mario, Zelda e Pokémon. A empresa também decidiu se aventurar no mercado de jogos mobile, um setor muito lucrativo, mas com desafios únicos.

Embora tenha lançado diversos títulos para dispositivos móveis, os resultados foram mistos, com alguns jogos obtendo sucesso massivo e outros falhando, refletindo as decisões da própria Nintendo em priorizar seus consoles e manter uma abordagem diferente de outros jogos de mercado mobile, que muitas vezes utilizam modelos freemium, compras in-app agressivas e mecânicas de gacha para maximizar os lucros.

Neste artigo da Compare Games, você vai descobrir todos os games já lançados para o mobile que a Nintendo produziu, e saber quais deles deram certo e quais nem tanto.

Sucessos e exceções no mobile

Arte do jogo Pokemon Go à esquerda e Arte de Fire Emblem à direita

A Nintendo já lançou diferentes jogos mobile, variando de grandes sucessos a títulos que não tiveram o impacto esperado. Abaixo, vamos comentar sobre todos eles:

Pokemon Go e Fire Emblem Heroes, grandes sucessos

Lançado em 2016 pela Niantic, Pokémon GO rapidamente se tornou um fenômeno global. O jogo combina realidade aumentada e geolocalização, permitindo que jogadores capturem pokémons no mundo real.

O sucesso do jogo se deve ao forte apelo da franquia Pokémon, à inovação do uso da tecnologia de RA (realidade aumentada) e à simplicidade das mecânicas de jogo, que atraiu tanto fãs antigos do anime quanto novos jogadores.

Diferente da maioria dos jogos da Nintendo, Pokémon GO foi um sucesso massivo, acumulando mais de 1 bilhão de downloads e se tornando uma das maiores fontes de receita no setor mobile. Porém, é importante lembrar que o desenvolvimento e gerenciamento do jogo são feitos principalmente pela Niantic, enquanto a Nintendo e a The Pokémon Company atuam como parceiras.

Outro grande sucesso da Nintendo no setor mobile foi Fire Emblem Heroes, lançado em 2017. Esse título utiliza o popular modelo “gacha”, onde os jogadores podem usar dinheiro real para adquirir personagens aleatórios. O sistema foi bem recebido, pois a franquia Fire Emblem já tinha uma base de fãs que estava disposta a gastar para colecionar seus personagens favoritos.

Fire Emblem Heroes foi um dos jogos mais lucrativos da Nintendo no mercado mobile, gerando mais de 1 bilhão de dólares em receita até 2022. O modelo freemium, combinado com o apelo da coleção de personagens, foi um fator determinante para seu sucesso contínuo.

Pokémon Shuffle

Pokémon Shuffle foi lançado em 2015 e segue o estilo de jogos de puzzle como Candy Crush. Nele, os jogadores precisam combinar pokémons semelhantes para derrotar adversários e progredir nas fases. A fórmula é simples, mas o apelo da franquia Pokémon garantiu que o jogo mantivesse uma base de jogadores ativa.

Embora não tenha alcançado o sucesso estrondoso de jogos como Pokémon GOPokémon Shuffle foi relativamente bem sucedido, especialmente por ser um dos primeiros jogos da Nintendo a adotar um modelo de monetização freemium, com compras in-app para acelerar o progresso.

Jogos que não deram tão certo

Assim como qualquer empresa, a Nintendo também passou por situações como criar games que não atraíram a quantidade esperada de jogadores. Alguns pela falta de estratégias, outros pela simplicidade, os games desta lista foram os que deixaram a desejar em seu lançamento:

Pokémon Duel

Capa do jogo à esquerda, imagens de menus ao centro e imagem de jogabilidade à direita

Infelizmente nem todos foram grandes sucessos e deixaram fãs órfãos

Lançado em 2017, Pokémon Duel era um jogo de estratégia baseado em tabuleiro, onde os jogadores colecionavam figuras de Pokémon e competiam em batalhas. O jogo tinha um grande potencial devido à popularidade dos jogos de estratégia e da marca Pokémon, mas acabou não atingindo seu objetivo.

Apesar de um início promissor, Pokémon Duel enfrentou problemas com a complexidade das mecânicas de jogo e a falta de um apelo mais casual, o que afastou jogadores que procuravam experiências mais simples em dispositivos móveis. A Nintendo encerrou o jogo em outubro de 2019, marcando-o como um fracasso em termos de retenção e engajamento.

Pokémon Quest

Capa de Pokémon Quest à esquerda, imagem do jogo à direita

Quase um Pokémon Minecraft, mas não foi para frente!

Lançado em 2018, esse game é um jogo de ação e RPG com uma estética de cubos que lembra o estilo de Minecraft. Ele foi lançado inicialmente para o Nintendo Switch e depois portado para dispositivos móveis. O jogo permite que os jogadores coletem, treinem e lutem com pokémons enquanto exploram a ilha Tumblecube.

Apesar de ter conquistado uma base de jogadores leais, Pokémon Quest não alcançou o nível de sucesso de outros jogos da franquia Pokémon. Ele teve um desempenho razoável, mas nunca se tornou um fenômeno global. Parte disso pode ser atribuído à simplicidade do jogo, que não conseguiu engajar por longos períodos a maioria dos jogadores.

Animal Crossing: Pocket Camp

Capa do jogo Animal Crossing; Pocket Camp à direita, arte do jogo à esquerda

Nem tudo que é bom dura para sempre, pelo menos teve uma alternativa!

Este game de 2017 buscou trazer a magia da popular franquia de simulação para o mundo mobile. O jogo permitia que os jogadores criassem e gerenciassem seu próprio acampamento, interagindo com personagens e decorando o ambiente.

O jogo teve um início promissor, mas acabou não atingindo o mesmo nível de sucesso que outras versões da franquia, especialmente com o lançamento de Animal Crossing: New Horizons para o Nintendo Switch, que rapidamente se tornou um fenômeno global.

Apesar de ter uma base de jogadores fiéis, Pocket Camp não conseguiu sustentar um público massivo e consistente. Este ano, foi anunciado uma versão offline paga do game, sinalizando que a Nintendo está buscando monetizar o restante de sua base de jogadores leais, embora o suporte online esteja sendo reduzido.

Magikarp Jump

Imagem da capa do jogo Magikarp Jump à esquerda, com imagens do jogo à direita

Esse provavelmente era só experimental mesmo

Magikarp Jump foi um experimento curioso da Nintendo. O jogo de 2017, que gira em torno de treinar um Magikarp para pular cada vez mais alto, oferecia uma experiência casual e descontraída. A simplicidade e o humor do jogo atraíram muitos jogadores inicialmente, mas, por ser um jogo limitado em termos de profundidade, a maioria dos jogadores o abandonou rapidamente.

Apesar do charme inicial, Magikarp Jump não conseguiu manter uma base de jogadores e não gerou grandes receitas para a Nintendo. Por esse motivo, pode ser considerado um fracasso em termos de longevidade e impacto no mercado.

Dragalia Lost

Capa do jogo Dragalia Lost à esquerda, com algumas imagens do jogo à direita

Esse foi o que o público ficou mais chateado, era um jogo muito amado

Dragalia Lost foi lançado em 2018 e representou uma colaboração interessante entre a Nintendo e a desenvolvedora Cygames. O jogo era um RPG de ação com uma narrativa original e mecânicas profundas, algo um pouco incomum nos jogos mobile da Nintendo.

Embora o jogo tenha atraído um público dedicado, Dragalia Lost nunca atingiu um nível de sucesso mainstream. Em termos de receita, ele se manteve mediano, sem conseguir competir com outros gigantes do setor.

Em março de 2022, a Nintendo anunciou que Dragalia Lost seria encerrado, indicando que o jogo não conseguiu manter uma base de jogadores engajada ao longo do tempo.

Super Mario Run

Capa de Super Mario Run à esquerda, com imagens do jogo à direita

Esse marcou muito presença quando lançou, mas acabou não atingindo especativas por conta do modelo não gratuito

Super Mario Run, lançado em 2016, foi a primeira tentativa da Nintendo no mercado mobile com sua principal franquia. O jogo, um endless runner, foi disponibilizado com um modelo de pagamento único, onde os jogadores precisavam pagar cerca de 10 dólares para desbloquear todo o conteúdo do jogo.

Apesar de ter sido bem recebido pela crítica por sua jogabilidade divertida e controles simples, o game não conseguiu o sucesso financeiro esperado. Muitos jogadores resistiram ao preço elevado para desbloquear o jogo completo, especialmente em um mercado onde a maioria dos títulos é gratuita com compras in-app, e refletiu o desejo da Nintendo de não seguir as práticas padrão do setor mobile, o que impactou negativamente sua lucratividade.

Dr. Mario World

Imagem de capa de Dr. Mario World à esquerda, com imagens do jogo à direita

Apesar de uma boa tentativa, Dr. Mario sempre foi um jogo mais nicho, e nos celulares continuou na mesma situação

Outro título que não obteve o sucesso esperado foi Dr. Mario World, de 2019. Baseado na clássica franquia de puzzle, o jogo mobile tentou modernizar a fórmula, mas acabou sendo fechado em novembro de 2021 devido à baixa popularidade e receitas insuficientes.

O jogo contava com compras in-app, mas sua abordagem não conseguiu cativar os jogadores no mesmo nível que outros títulos de puzzle populares, como o Candy Crush. A decisão de fechar Dr. Mario World mostrou a dificuldade da Nintendo em equilibrar suas filosofias tradicionais de design com as expectativas do mercado mobile, que frequentemente recompensa jogos com mecânicas de retenção mais agressivas.

Além de Dr. Mario World, outros jogos mobile da Nintendo também foram descontinuados, como Miitomo, que foi um dos primeiros experimentos da empresa no mercado mobile, mas teve vida curta. Embora inovador ao permitir que os jogadores criassem avatares e interagissem socialmente, o aplicativo não gerou muita receita e foi fechado em 2018.

A Nintendo, ao contrário de outras empresas de jogos mobile, nunca se sentiu totalmente confortável em seguir o modelo padrão de jogos mobile, que muitas vezes gira em torno de monetização agressiva e mecânicas de retenção, o que levou a resultados mistos em seus jogos mobile, com alguns sendo bem sucedidos e outros falhando em atender às expectativas financeiras.

Fim dos jogos mobile da Nintendo

Imagem em preto e branco mostrando os protagonista de Animal Crossing, Dragalia Lost e Pokemon

Infelizmente quem mais sofre é quem se dedicou por muito tempo à esses jogos

O fim dos jogos mobile da Nintendo marca uma mudança na estratégia da empresa, que, apesar de seu sucesso histórico nos consoles, nunca se estabeleceu completamente no mercado mobile.

A decisão de encerrar alguns dos jogos mais conhecidos, como Dragalia LostPokémon Duel, e a transição de Animal Crossing: Pocket Camp para uma versão offline paga, reflete uma realidade: a Nintendo sempre manteve seu foco principal em consoles dedicados, como o Nintendo Switch.

A Nintendo já tentou adaptar suas franquias para o mundo mobile, mas muitas vezes esbarrou em questões de monetização e engajamento a longo prazo. O modelo de negócios para jogos mobile, muitas vezes baseado em microtransações e sistemas gacha, não se encaixava perfeitamente na visão da Nintendo para seus jogos e personagens.

Exceções como Fire Emblem HeroesPokémon GO mostraram que, quando bem executados, jogos mobile podem ser muito lucrativos. Mas esses casos são raros, e, no geral, a Nintendo optou por não se aprofundar tanto no modelo gacha, preferindo preservar a integridade de suas marcas.

O anúncio de que alguns jogos seriam encerrados, junto à adaptação de outros para modos offline, mostra uma certa pausa da Nintendo dentro desse mercado. Embora a empresa tenha feito esforços para se adaptar ao mundo mobile, parece claro que sua preferência é manter o foco em experiências completas e imersivas em consoles, onde pode controlar melhor a experiência do jogador e as formas de monetização.

O fim dos jogos mobile também levanta questões sobre o futuro da Nintendo no mercado mobile. A empresa pode continuar explorando novas formas de interagir com o público em dispositivos móveis, mas é possível que isso seja feito de maneira complementar, como extensões de jogos de console ou com novas abordagens que integrem melhor o modelo de negócios mobile.

O encerramento de títulos como Dragalia Lost e as mudanças em Animal Crossing: Pocket Camp indicam que a Nintendo vê o mobile mais como uma experiência de suporte a seus consoles e não como uma prioridade em seu portfólio de jogos.

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