Durante essa semana, uma matéria da Forbes apontou que o jogo passa por diversas preocupações internas do que acontecerá com o lançamento. Marathon é um reboot de uma famosa franquia de FPS, agora incluindo elementos de extraction-shooter, assim como Escape From Tarkov que é referência no gênero.
Em geral, o objetivo é entrar em um mapa PvPvE, conseguir o máximo de recompensas possíveis, e sair do mapa sem ser derrotado. Porém, desde sua revelação, o público não tem recebido com grandes expectativas, principalmente depois da grande falha de Concord que prometia um Hero-Shooter e que sobreviveu apenas alguns dias antes de ser descontinuado.
Polêmicas de roubo de assets
Antireal no x (twitter) demonstrando que seu trabalho foi usado de modo indevido
No dia 15 de maio, o artista Antireal postou na rede X (antigo twitter) que vários de seus trabalhos artísticos para posters foram usado no jogo sem sua ciência. Além disso, a equipe de Marathon também acabou por se desculpar com o artista e disse que não havia ciência do uso indevido do trabalho; porém algumas das pessoas da parte de arte que trabalham no jogo seguiam o mesmo na plataforma, tornando esse comentário de fato questionável.
A situação até o momento acabou descredibilizando ainda mais o jogo, e teve um impacto na preocupação dos desenvolvedores sobre a reputação e lançamento de Marathon que já teve uma recepção negativa tanto nos vídeos dos criadores convidados para testar o jogo quanto no última live de atualizações do jogo que levou polêmica por não mostrar nenhuma novidade de jogabilidade do jogo.
A rejeição precoce do jogo traz inseguranças
O trailer de Marathon que foi revelado mês passado ainda recebe diversos comentários críticos comparando com o fracasso de Concord
O grande problema da relação do público é que o jogo original é muito diferente do que está sendo desenvolvido. Em geral, Marathon parece uma tentativa de usar a popularidade de uma franquia já estabelecida com o objetivo de conseguir vender um jogo em um formato que está em alta.
Porém, o público de extraction-shooter é bem definido e não necessariamente apela para o mesmo grupo que jogava a franquia original, e que esperaria algo voltado mais para a essência de Doom (que inclusive The Dark Ages tem surpreendido tanto na performance mesmo dependendo de Ray-Tracing obrigatório, quanto na jogabilidade).
As comparações com Concord estão sendo inevitáveis por seguir o padrão do jogo anterior; Um estilo de arte que não está impressionando o público; um jogo seguindo trends ao invés de ser o sua própria ideia; uma direção de marketing que leva a uma imagem duvidosa insegura e duvidosa para o público.
Com todos esses pontos, a equipe, como escrito pela Forbes, se torna mais insegura e preocupada com o lançamento. O jogo no estado atual também não apresenta muito conteúdo para ser um live-service, ou seja, um jogo com constante participação do público jogador. Além disso, não se tem informações do preço, se será gratuito ou uso de microtransações.
Marathon foi um FPS que investia na narrativa nos FPS quando isso ainda não era uma coisa tão óbvia a se fazer, o que destacava. O segundo jogo trouxe novas mecânicas e um modo PvP que adicionava muito mais conteúdo e em especial era uma alternativa viável de ser jogado no sistemas Mac que ainda não possuíam uma grande gama de jogos de alta qualidade.
A sua mudança brusca acaba por assustar o público, apesar do trabalho dos desenvolvedores não ser o real problema, e sim uma gerência que não consegue compreender o cenário atual da indústria e tentar fugir das armadilhas de "sucesso fácil" que se tornam chamativas.