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Retrospectiva Metal Gear: Prepare-se para o MGS Delta!

Diante do lançamento de Metal Gear Solid Delta, trouxemos para você alguns dos pontos altos da Magnum opus de Hideo Kojima e um dos grandes nomes da Konami.

Redação Compare Games

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Imagem de fundo do produto Retrospectiva Metal Gear: Prepare-se para o MGS Delta!Imagem de fundo do produto Retrospectiva Metal Gear: Prepare-se para o MGS Delta!

Em breve estaremos diante de um grande remaster do icônico Metal Gear Solid 3: Snake Eater, mais uma aposta da Konami em reviver franquias clássicas, apostando no mesmo caminho de sucesso da nova versão de Silent Hill 2, ano passado. E para que você já se prepare para o jogo ainda por vir, trouxemos para você alguns dos jogos que mais marcaram época para a franquia, desde seu início nos computadores MSX aos tempos atuais.

 

Hideo Kojima: Caindo de paraquedas em um novo projeto

Imagem dos jogos Metal Gear à esquerda, Metal Gear 2: Snake's Revenge e Hideo Kojima ao centro

Os dois primeiros jogos para MSX e MSX2 muitas vezes são esquecidos.

1987 foi um grande ano para a Konami, emplacando sucessos como CastlevaniaContra para diversas plataformas, especialmente o NES. Mas paralelamente aos consoles e fliperamas, a Konami também tinha a iniciativa de desenvolver jogos para alguns computadores da época, particularmente a linha MSX, popular no Japão daquele período.

Foi neste contexto que Metal Gear, inicialmente batizado de Intruder, foi criado. Com a intenção de se criar um jogo de ação para computador, a Konami incumbiu a tarefa de cuidar da direção para um jovem Hideo Kojima, recém-contratado pela empresa e que, inclusive, estava descontente com os rumos tomados em sua carreira, algo que lhe assombraria durante toda a sua estadia na empresa.

Imediatamente, Kojima considerou o MSX limitado demais para o escopo do jogo. A ação constante que exigiam na gameplay sobrecarregava o hardware do computador, causando lentidão.

A solução para o problema veio através da maior paixão de Kojima: O cinema.

A franquia 007 e o filme Fugindo do Inferno serviram como catalisadores da grande ideia que se tornou o principal atrativo do jogo: Ao invés de enfrentar seus inimigos, esconda-se deles como o agente secreto que você é!

Desta forma, Metal Gear foi lançado para MSX em 1987, chegando ao NES no ano seguinte. A mecânica pioneira para a época fez do jogo um grande sucesso, dando munição para que a Konami encomendasse mais jogos: Metal Gear 2: Solid SnakeSnake’s Revenge, este último sem o envolvimento de Kojima.

O Grande Hit em Metal Gear Solid

Capa e CD de Metal Gear Solid e imagem do jogo á direita

Além de um dos pioneiros em cinematografia e espionagem e tático, Metal Gear Solid se tornou um dos maiores best-selles do PlayStation.

Hoje considerado um dos melhores jogos de todos os tempos, a história de Metal Gear Solid poderia ser diferente de tudo que conhecemos.

Inicialmente, Kojima escreveu a história do jogo com o Panasonic 3DO em mente, mas rapidamente o desenvolvimento foi transferido para o PlayStation conforme a complexidade do jogo aumentava (e também aumentava o tamanho do fiasco do console da Panasonic). O jogo foi pensado como um verdadeiro blockbuster, com a equipe da Konami recebendo até mesmo mentorias de um esquadrão da SWAT para entender melhor o funcionamento de equipamentos táticos.

Lançado em 1998 e exclusivo para PlayStation, o jogo foi um enorme sucesso, tornando-se um grande puxador de vendas para o console, que já dominava o mercado. Até hoje o jogo é lembrado pela ambientação única, mecânica de fácil entendimento e inovações no gênero de espionagem, além da história típica do Hideo Kojima, envolvendo tensões internacionais e conspirações militares, onde Solid Snake precisa agir para evitar a ativação da temida arma Metal Gear.

 

Metal Gear Soild 2: A mudança inesperada

Capa e CD de Metal Gear Solid 2 Sons of Liberty à esquerda e imagem do jogo à direita

A introdução de Raiden no jogo foi um ponto polêmico mas que acabou sendo bem aceito pela fã base e levou até a seu spin-off próprio: Metal Gear Rising: Revengeance

Com seu nome consolidado, Hideo Kojima recebeu maior liberdade da Konami para desenvolver Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty. O orçamento do jogo foi grande para sua época, tendo sido considerado o tamanho de um orçamento para um típico filme do Godzilla. Foram desenvolvidas novas mecânicas, gráficos capazes de extrair o máximo dos consoles PlayStation 2 e Xbox, ainda em seus primeiros anos, além de expandir a história iniciada em MGS1.

Mas ninguém esperava que Solid Snake fosse escanteado.

Em seu lugar, Raiden assumiu como o protagonista do jogo, dividindo a comunidade dos fãs. Kojima justificou a escolha como uma tentativa de apelar para o público feminino, que buscava um personagem mais jovem, além de não ver sentido em realizar tutoriais com um veterano como Snake. O jogo permaneceu bem recebido e é considerado um dos melhores jogos de sua geração quando se trata da mecânica. Mas a história do jogo permanece controversa até os dias atuais.

 

Metal Gear Solid 3: Do futuro próximo para um passado selvagem

Capa e CD de Metal Gear Soild 3 à esquerda e imagem do jogo à direita

Inicialmente exclusivo para PlayStation 2, isto é, até receber um port para Nintendo 3DS (e é claro, o remaster que nos fez pensar neste texto), Metal Gear Solid 3: Snake Eater leva o jogador para um passado um tanto distante, com um jovem Naked Snake, futuro Big Boss, adentrando a antiga União Soviética para resgatar um cientista local, ao mesmo tempo que tenta salvar o mundo de uma possível terceira Guerra Mundial.

Trocando o ambiente futurista dos dois primeiros jogos, MGS3 coloca você em meio a uma floresta tropical, com toda a mecânica do jogo repensada para ambiente mais orgânicos e fluidos, comparado aos ambientes quadrados e cinzentos dos dois primeiros jogos.

Expandindo a mecânica do jogo, Metal Gear Solid 3 traz pela primeira vez o conceito de camuflagem, onde o figurino de Naked Snake pode se misturar ou não ao ambiente. Além disso, o sistema de combate foi completamente refeito. O jogo foi bem recebido, novamente dominando a crítica e tornando-se um dos principais jogos da biblioteca do PlayStation 2. É claro que muitos notaram a incrível semelhança de Naked Snake com seu filho, Solid Snake, após a recepção morna de Raiden em MGS2.

 

Metal Gear Soild 4: Feito sobre ameaças

Capa e CD de Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots à esquerda e imagem do jogo à direita

MGS4 foi um importante passo pra franquia, e caracterizado como o final original, porém devido as pressões internas não se tornou o último jogo da franquia.

O caso de Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots é um dos mais bizarros do mundo dos games. Convencido de que seu trabalho na franquia estava feito e que a história de Metal Gear terminara, Kojima se viu pressionado a voltar e produzir um novo jogo diante da pressão de fãs no Japão, chegando até ao extremo de receber ameaças de morte por conta de alguns jogadores mais desesperados.

A razão de tanta pressão foi a controversa história de MGS2, que deixou pontas soltas o suficiente para que os fãs exigissem uma conclusão apropriada. Kojima, que chegou a anunciar sua saída da direção da franquia e apontado o co-escritor de MGS3 Shuyo Murata para o cargo, teve de retornar as pressas diante de tantas ameaças para quem sabe, acalmar os ânimos da comunidade.

Metal Gear Solid 4 é ambientado no então ano futuro de 2014, onde o mundo afundou em uma gigantesca guerra mundial, onde grandes grupos de mercenários ganham a vida provocando conflitos que derrubam governos ao redor do mundo. Solid Snake, velho e com uma doença terminal, precisa entrar em ação pela última vez, com o intuito de impedir que Revolver Ocelot, seu velho rival, domine o mundo junto a mercenários superpoderosos, que pretendem juntos tomar uma organização secreta conhecida somente como “The Patriots”.

O jogo, exclusivo para PlayStation 3 e igualmente bem recebido por público e crítica, foi marcado por tentativas frustradas de Kojima de simplesmente colocar um ponto final na história de uma vez por todas, como por exemplo, tentando encerrar a história principal com a execução de Solid Snake e do personagem Otacon, antes de ser frustrado pela rejeição da Konami ao final proposto.

 

Metal Gear Solid 5: Konami nunca mais (ou Kojima nunca mais, depende do ponto de vista)!

Capa de MGS 5 à esquerda e imagem do jogo à direita

O último jogo da franquia principal acabou se tornando um grande mar de controvérsias por conta da remoção de Kojima do jogo e a venda de Ground Zeroes como um jogo, que originalmente era visto como um demo.

Nos anos de 2014 e 2015, saíram os últimos jogos com a assinatura de Hideo Kojima da franquia. Metal Gear Solid V: Ground Zeroes e The Phantom Pain contam as histórias de Naked Snake e Punished Snake, em missões secretas ambientadas na ilha de Cuba dos anos 70 e no Afeganistão dizimado pela guerra durante os anos 80.

Os jogos são marcados pela grande diferença na jogabilidade base comparado as entradas anteriores da franquia, com um mundo aberto e a possibilidade de escolher missões de forma a desenrolar a história de maneira não-linear. Embora os jogos tenham recepção positiva de muitos fãs, há muitas ressalvas sobre a curta duração de Ground Zeroes, além de evidências de conteúdos que foram misteriosamente removidos de The Phantom Pain.

O que nunca foi mistério foi a relação azeda da Konami com Hideo Kojima nesta época.

Plenamente convencido a sair de Metal Gear de um jeito ou de outro, Kojima finalmente conseguiu soltar seus grilhões e pedir as contas da Konami em 2015, ainda durante o lançamento de The Phantom Pain. Como consequência, Kojima chegou a ser barrado pela Konami de participar de algumas premiações do mercado de games, os mesmos que premiaram MSGV: The Phantom Pain como o jogo do ano.

 

Outros jogos icônicos da era Kojima

Capas de Metal Gear Ghost Babel, Peace Walker e Portable Ops , em ordem da esquerda para à direita

Além dos jogos principais, diversos outros frutos vieram da franquia, como Ghost Babel, Portable Ops e Peace Walker.

Agregando para a mitologia de Metal Gear Solid, Kojima também dirigiu jogos para portáteis como Metal Gear: Ghost Babel, para Game Boy Color, Metal Gear AcidMetal Gear Solid: Portable Ops e Metal Gear Solid: Peace Walker, para PSP.

Mas o spin-off mais icônico da franquia, sem dúvidas, é Metal Gear Rising: Revengeance, um jogo Hack-and-Slash feito em parceria com a Platinum Games, que se tornou infame por seu tom  caótico, exagerado e de épocas proporções e por trazer um desfecho bizarro para Raiden, agora um ciborgue munido de uma espada que corta quase tudo, lutando contra alguns dos super-mercenários que ainda atuam mundo afora, após os eventos de MGS4.

 

Os anos conturbados da franquia

Capa de Metal Gear Survive à esquerda, imagem do jogo ao fundo e informações do Metacritic à direita

Apesar das inconsistências de Kojima sobre o uso de zumbis, Metal Gear Survive traz a ideia como um universo alternativo durante os eventos de The ´Phanton Pain.

Desde a saída de Hideo Kojima, a série recebeu apenas um jogo inédito em Metal Gear Survive, um spin-off com elementos de jogo survivaltower defense, onde um personagem conhecido apenas como “The Captain” precisa lidar com eventos misteriosos ambientados após o desfecho de MGSV: Gound Zeroes. Em um cenário pós-apocalíptico envolvendo uma neblina misteriosa e até mesmo a aparição de zumbis, muitas críticas foram feitas com o suposto desrespeito da Konami com toda a história intrínseca e complexa que Kojima desenvolveu desde Metal Gear Solid, em 1998. O próprio afirmou em entrevista em 2018:  

“Metal Gear é sobre política e espionagem. Aonde zumbis se encaixam nisso?”

Muitos dos fãs pensaram o mesmo. Como resultado, o jogo foi um fiasco de crítica e de vendas.

Mas com a iniciativa da Konami de reacender a chama de algumas de suas antigas franquias, será que Metal Gear Solid Delta: Snake Eater será capaz de reverter a onda de má sorte que o estúdio acumula desde Survive? Apenas os próximos capítulos serão capazes de dizer.

Avaliação da Comunidade

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