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Histórico Xbox Parte 2: Os erros e acertos do Xbox One e Xbox Series S/X (2013 - 2024)

Você sabia que o Xbox One teve sérias dificuldades no lançamento? Ou que o Xbox Series S e X são retrocompatíveis com muitos jogos? Leia mais sobre a Xbox aqui!

Fábio Celestino

Fábio Celestino

Histórico Xbox Parte 2: Os erros e acertos do Xbox One e Xbox Series S/X (2013 - 2024)

Após o lançamento do Xbox 360, a Microsoft não era mais somente um projeto buscando espaço em um território desconhecido, mas sim uma influente empresa com um portfólio de vitórias, derrotas e experiências. Saiba mais sobre a primeira parte dessa história clicando aqui!

O sucesso da central de entretenimento que o Xbox 360 se propôs a ser foi grande - além de poder jogar, tudo o que você poderia consumir estava no mesmo lugar - porém, isso levou a Don Mattrick, enquanto liderava a parte da Xbox, a realizar um cálculo errado: O que ele achava que o público queria era maior integração.

Assim, O sucessor do 360 foi finalmente revelado em 2013: Xbox One. Contando obrigatoriamente com uma versão melhorada do Kinect, voltando para hardware convencional de computadores pessoais, com chips AMD.Porém o que a marca Xbox não sabia é que seus investimentos estavam sendo feitos na direção errada.

Xbox One : TV, sempre online, e onde estão os jogos? 

Xbox One, Controle e Kinect a esquerda, e a direita a interface do console

O Xbox One lançou como um verdadeiro media center, e ainda com o Kinect obrigatório, fatos que não ajudaram as vendas no lançamento

Durante a revelação do Xbox One, ocorreu o fato de que o público não gostou do Xbox One. era caro, com o valor do antigo PS3, 499 dólares, e além disso obrigatoriamente trazia o novo Kinect, que servia como um dispositivo multiuso para funções de câmera e voz, que foram novamente interpretados de forma negativa pelo público. Não era todo mundo que queria um dispositivo que escutasse e filmasse você o tempo todo.

Além disso, o Kinect não era apelativo nem para os casuais, que já tinham o Kinect antigo em casa, e na maioria das vezes era o suficiente, nem para os gamers, que em sua grande maioria não tinham muito interesse nos sensores de movimento.

Além disso, a apresentação contou com somente 3 jogos:  Forza Motorsport 5, Call of Duty: Ghosts e Quantum Break, e uma promessa de 15 outros exclusivos durante o primeiro ano de lançamento do console.

Em comparação com Sony, que além de anunciar um mês antes e apresentar 7 jogos com vários minutos de gameplay, seu console custava 399. Portanto, além de desapontarem com o valor, foi pior ainda em jogos. Após isso, o lançamento foi um desastre para o Xbox One: Não havia quase jogos para o console no dia um do lançamento.

Além de tudo isso, teve dois fatos que foram caçoados pela concorrência: O console lançou precisando sempre estar online, e seus jogos físicos não podiam ser trocados ou revendidos, pois era necessário um registro para a sua conta, travando qualquer compartilhamento.

A Sony não deixou barato e até mesmo criou esse vídeo ensinando a trocar jogos com seus amigos no PS4:

Veja como é fácil emprestar ou revender jogos usados na PlayStation!

Com todos esses problemas, Don Mattrick se demitiu e colocaram uma figura que podia restabelecer a conexão com os gamers: Phil Spencer. Ele foi a salvação da marca, mas com custo muito caro. Devido a falta de jogos, a Microsoft decidiu reformular seus esforços, e lançar uma versão nova do Xbox One, sem o Kinect, por um preço mais acessível. 

Duas novas versões o Xbox One S e One X, chamado de “Projeto Scorpio”, foram lançadas com a mesma dualidade que foi seguida nos Xbox Series: Um de baixo custo, com o mesmo hardware do Xbox One original, e uma versão com hardware melhor, para competir com o PlayStation 4 Pro, permitindo rodar jogos em resolução e taxa de quadros maiores.

Além disso, diversos investimentos foram realizados para adquirir estúdios, esforços em parcerias com desenvolvedores independentes e o real salvador da Xbox: a criação do Xbox Game Pass, que permitiu para a empresa criar um sistema de inscrição que dava acesso a diversos jogos para os assinantes, atingindo o número de 34 milhões de usuários em fevereiro de 2024, segundo o The Verge.

Xbox Series S/X e Xbox Cloud Gaming

Icone do Xbox Game Pass à esquerda, e à direita o console Xbox Series S

Game Pass apesar de ser um tópico controverso sobre o futuro do mercado, acabou sendo um sucesso e um destaque da Xbox nos últimos anos

Em 2020, em um anúncio inesperado, após quase um ano desde que as primeiras informações sobre o “projeto Scarlet” tinham sido vazadas, como aponta o artigo da Forbes A nova geração de consoles da Xbox foi anunciada.

Quando finalmente revelado, ainda não se sabia qual era o exato objetivo da Microsoft, mas ficou claro em pouco tempo: Dois consoles, um com versão top de linha e outro baixo custo com bom desempenho. 

Os novos consoles contam com objetivos de resolução 4K e 1440K para as versões X e S, respectivamente. Além disso, o Kinect foi completamente descontinuado, devido a toda situação que ocorreu com o lançamento do Xbox One. A Microsoft agora aposta em um console que tem acessibilidade a maioria dos títulos dos consoles anteriores, e ainda com diversos jogos novos no Game Pass.

O preço do Series X é de 499, enquanto do Series S 299 dólares. Com isso a Xbox tinha uma resposta pronta para conseguir ganhar o público com acessibilidade do custo baixo, e a audiência gamer com o top de linha, o que no final permitiu ser um pouco mais potente que o Playstation 5. 

Entretanto, segundo a IGN o resultado de vendas do Xbox não foi bom: Em 2023 (até o momento, o último número de vendas declarado pela Microsoft) o total de vendas foi 21 milhões de unidades, segundo Game Rant enquanto o PlayStation 5 bateu 40 milhões no mesmo período, segundo Ampere Analysis.

As novas grandes apostas da Microsoft têm sido controversas ao público: Xbox Game Pass e Xbox Cloud Gaming. O Game Pass apesar de ter sido uma alternativa barata para gamers jogarem diversos jogos, até o momento não se sabe se é sustentável, além do aumento do valor segundo The Verge previsto para o final de 2024. 

A esquerda, texto de um comentário de Phil Spencer que diz o seguinte:

Você pode conferir a entrevista em inglês na íntegra aqui

Em 2024, foi um ano difícil para a indústria a Xbox teve diversas situações controvérsias com o fechamento de estúdios, inclusive do Tango Gameworks que foi responsável por Hi-Fi Rush jogo que ganhou premiação em design de áudio do evento Game Awards, e também teve excelente recepção da crítica e do público mas mesmo assim foi fechado, como o artigo da BBC revela.

Felizmente, esse mesmo estúdio foi adquirido pela empresa Krafton, responsável pelo jogo PUBG: Battlegrounds em agosto de 2024, levando a uma sobrevida a um estúdio com grande sucesso. Tango Gameworks também é responsável pela série The Evil Within e pelo jogo Ghostwire Tokyo.

Além disso, a nova aposta tem sido o Xbox Cloud Gaming, que é uma alternativa para jogar sem ao menos ter um console. No caso é necessário adquirir o Game Pass Ultimate e possuir um controle compatível, mas funciona tanto em computadores como smartphones,TVs e outros dispositivos.

O futuro da marca Xbox enfrenta um momento crítico, pelos seus problemas que surgiram no passado e também pela situação do mercado no ano de 2024, que continua crescendo, mas não o suficiente para o que era esperado pela indústria. Muito disso se deve aos desenvolvimentos dos últimos anos no mercado de alto custo de desenvolvimento, como a digitaltrends comenta em seu artigo.

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